sábado, 14 de novembro de 2009


Ao fim da tarde ouvi o Outono chegar.


Vinha disfarçado de vento quente, mas arrastava folhas secas e eu soube que tinha chegado de mansinho para não assustar ninguém.


Trazia memórias de camisolas grossas, de praias desertas, de céus cinzentos, de marés vivas.


Nas nossas veias corre um mar de Outono, um mar de ondas cruéis, um mar que desafia, um mar que nunca quer perder.

E as memórias são feitas de água salgada, que por vezes ardem nas feridas .

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