segunda-feira, 26 de outubro de 2009


"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.Para isso, só sendo louco.Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.Meus amigos são todos assim: metade brincadeira, metade seriedade. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.Tenho amigos para saber quem eu sou.Pois os vendo loucos e santos, brincalhões e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."


OSCAR WILDE

domingo, 25 de outubro de 2009


Hora mudou esta madrugada

O novo horário de Inverno, que permite um melhor aproveitamento da luz solar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009


Mais uma caminhada


Esta foi a Urrô, uma freguesia de Penafiel para visitar a capelinha de S. Simão e agradecer a graça por ele concebida.
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009







Romaria de Nossa Senhora do Rosário ou Festas das Nozes






Património, Tradição e Cultura Festas Populares




A mais importante manifestação popular do concelho.



A colorir o primeiro domingo de Outubro, a tradição da Festa de Nossa Senhora do Rosário já dura em Gondomar há cerca de 300 anos.



Começou por ser uma celebração de carácter religioso, mas actualmente essa sua vertente dissipou-se, chegando a ser mais conhecida pela festa das nozes.



Mas não é apenas este furto seco que faz as delícias dos romeiros que aqui são recebidos.



À espera deles há também vinho doce e regueifa.

domingo, 4 de outubro de 2009

A lembrança dos teus beijos
Inda na minh'alma existe,

Como um perfume perdido,
Nas folhas dum livro triste.

Perfume tão esquisito
E de tal suavidade,
Que mesmo desapar'cido
Revive numa saudade!
AO VENTO

O vento passa a rir,
torna a passar, Em gargalhadas ásperas de demente;
E esta minh'alma trágica e doente
Não sabe se há-de rir, se há-de chorar!

Vento de voz tristonha, voz plangente,
Vento que ris de mim, sempre a troçar,
Vento que ris do mundo e do amar,
A tua voz tortura toda a gente!...

Vale-te mais chorar, meu pobre amigo!
Desabafa essa dor a sós comigo,
E não rias assim!...Ó vento, chora!

Que eu bem conheço, amigo, esse fadário
Do nosso peito ser como um Calvário,
E a gente andar a rir pla vida fora!!...

sábado, 3 de outubro de 2009

Autopsicografia


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda Gira,

a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.


"Fernando Pessoa"
Ao longe, ao luar

Ao longe, ao luar,
No rio uma vela, Serena a passar,
Que é que me revela?
Não sei, mas meu ser Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.
Que angústia me enlaça?

Que amor não se explica?
É a vela que passa Na noite que fica.

"Fernando Pessoa "