Conta-se que, durante o Dilúvio Universal, a mãe de S. Pedro estava destinada a desaparecer também, como tudo na terra.
Sabendo disto, e como era muito avarenta, comeu tudo o que tinha em casa e deitou fora, na lama tudo o que não podia levar.
Um velhinho pobre pediu-lhe um pouco de feijão, e, recebeu um punhadinho de feijões bichados, que não servia para nada, mas, o coitado plantou, na esperança de que reproduzissem. Quem sobrevivesse ao dilúvio, certamente os colheria.
Veio o Dilúvio, morreram todos, inclusive a velha avarenta, que ficou presa, no cimo da terra, desprezada pelo anjo que veio recolher as almas dignas da misericórdia. Constrangido, e como bom filho que era, S. Pedro foi interceder pela mãe.
Apresentou um pé de feijão que florescia na terra, no sítio onde o pobre velho plantara os feijões bichados, como prova da bondade da sua mãe e da sua previdência e preocupação para com os pobres. Deus recebeu bem o pedido, porém, mandou que velha subisse pela frágil rama, até o alto do arbusto.
Ela já estava no meio, quando percebeu que, outras almas desesperadas, estavam também subindo, procurando protecção. Muito zangada, desceu para enxota-las e o frágil pé de feijão partiu-se com seu peso. Desde então ela vive sem poder entrar no céu e sem poder pisar na terra.